Se durante a pandemia o mercado de escritórios se assustou com a devolução em massa de espaços por empresas que projetavam que os edifícios não eram mais necessários, hoje já há companhias voltando atrás nessa decisão.
De acordo com o sócio-diretor da consultoria Buildings, Fernando Didziakas, esse movimento já é observado em São Paulo. “Empresas que ocupavam grandes áreas reduziram seus escritórios na pandemia, mas a próxima tendência será voltar a crescer os espaços”, afirma o especialista. Entre as empresas que reduziram drasticamente o tamanho de seu escritório no início da pandemia, mas que teve que alocar novos espaços, está a gigante dos investimentos XP.
Presidente da consultoria imobiliária Cushman & Wakefield no Brasil, Celina Antunes afirma que, neste momento, há dois movimentos que estão levando a um cenário mais favorável das lajes corporativas. O primeiro tem relação, de fato, com o crescimento das empresas. O segundo está ligado ao aumento de área para comportar espaços mais relacionados ao lazer, como restaurantes e salas de jogos.
É o caso da gestora Hedge Investimentos. Segundo André Freitas, sócio da empresa, além do aumento da equipe, havia também a necessidade de reduzir a “densidade populacional” do escritório. Outro ponto que contou a favor para a decisão de fazer a mudança para um prédio novo, de acordo com Freitas, foi a maior oferta de serviços do que no edifício anterior – algo que pode ajudar a atrair os funcionários para o trabalho presencial.